O que é IFIX?

IFIX é o índice que representa a comportamento de uma carteira teórica de fundos imobiliários (FII) negociadas na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). De forma similar a outros índices (como o Ibovespa, por exemplo), cada papel tem um peso de participação no índice, e é revisto periodicamente.

Os fundos componentes do IFIX são selecionados por sua liquidez e ponderados por seu valor de mercado total (preço de última negociação de cada cota x número de cotas). Por este motivo, um dos indicadores de cada FII é justamente a participação no IFIX. Continuar lendo O que é IFIX?

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Modalidades de reabilitação de centros urbanos

Quando se fala em reabilitação, recuperação, revitalização ou renovação de centros urbanos, existem diferentes estratégias de intervenção, de acordo com as características de cada caso.

Algumas delas são:

Renovação urbana: quando o existente é demolido e substituído por um outro padrão. Em geral, nestes casos, a ocupação é intensificada e a população original, expulsa do local. Exemplo: Baixa Pombalina, em Lisboa.

Revitalização urbana: tem o objetivo de retomar a vida econômica e social de uma área vista como decadente. Neste caso, a meta é trazer vida a uma área degradada e/ou abandonada. Exemplo: Nova Luz, em São Paulo (SP).

Requalificação urbana: procura integrar melhor a área às necessidades urbanas contemporâneas. Busca aumentar a atratividade e competitividade de uma área urbana. Exemplo: Porto Maravilha, no Rio de Janeiro (RJ), em suas intenções originais.

Conservação integrada: conservação, restauro e outras obras de reabilitação para novas funções. É uma aliança da proteção ao patrimônio construído ao desenvolvimento urbano. Exemplo: Bolonha, 1960.

Reabilitação urbana: a estratégia de gestão urbana procura requalificar a cidade, valorizar potencialidades e melhorar a qualidade de vida mantendo a identidade do lugar. Demanda negociação com a população local, preferencialmente com a participação desta no projeto. Exemplos: Hipercentro de Belo Horizonte (2007), Centro Antigo de Salvador (2010). Continuar lendo Modalidades de reabilitação de centros urbanos

Breve histórico das vilas de São Paulo

Vários trabalhos caracterizam bem o que é uma vila na cidade de São Paulo. Apesar de haver outras definições encontradas por Solange Aragão (FAUUSP, 2000), a que melhor explica nosso objeto de estudo em seu trabalho é: conjunto de casas de mesma arquitetura implantada no interior de um terreno, conformando ruas e pátios. A lei municipal 10.015/85 define vila como um conjunto de pequenas habitações independentes, em geral idênticas, e dispostas de modo que formem rua ou praça interior, por via de regra sem caráter de logradouro público. A Lei de Vilas define o tipo como conjunto constituído por unidades habitacionais isoladas, agrupadas, geminadas ou sobrepostas em condomínio.

Devemos ter cuidado ao utilizar tais definições, pois referem-se à produção de um determinado período, compreendido entre 1937 e 1968, como veremos adiante. Existe um período anterior, das vilas operárias, quando os conjuntos eram produzidos em dimensões maiores, próximas a indústrias, e às vezes incluíam comércio, serviços, escolas e outros equipamentos. Neste primeiro período, as vilas criavam vias públicas de circulação (vide como ótimo exemplo a Vila Maria Zélia).

As vilas do terceiro período, viabilizadas pela lei municipal 11.605/1994 (Lei de Vilas), apresentam características distintas das produzidas em épocas anteriores, mas possuem a mesma estrutura física (casas reproduzidas várias vezes, dimensões relativamente pequenas, conformação de áreas coletivas internas) e fundiária (um único lote não dividido).

O tipo vila construído após a lei de 1994, por seguir o modelo de loteamento fechado, não tem mais a pequena rua de acesso às casas do interior da quadra, e a transição entre o espaço público da rua e o interior da vila é abrupto, via de regra com muros e guaritas. São constituídas em regime de condomínio e produzidas por incorporadoras imobiliárias.

Primeiro período: as vilas operárias

No final do século XIX, São Paulo vivia um surto de industrialização patrocinado pela indústria cafeeira, e a demanda por habitação foi incrementada pelo grande contingente de trabalhadores imigrantes que chegavam à cidade. Este cenário tornou a construção de casas para aluguel um negócio muito atraente, e casas precárias eram facilmente alugadas. Novos conjuntos de habitações insalubres eram construídos para suprir uma demanda que não parava de crescer. A cidade não estava preparada para receber, além de imigrantes, os que vinham de regiões próximas em busca de emprego. A oferta de moradias e a infraestrutura instalada estavam atrasadas em relação à velocidade de produção da cidade, que entre 1886 e 1900 vivenciou o seu crescimento mais vertiginoso – multiplicou por cinco sua população.

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A tríade vitruviana no século 21

Marcus Vitruvius Pollio é autor de um dos mais antigos tratados ocidentais de arquitetura e urbanismo a chegar a nossos dias. De Architectura, escrito em 10 volumes, levou mais de uma década para ser concluído (foi publicado aproximadamente no ano 16 a.C.) e trouxe o princípio de três pontos que inspirou muitos textos do Renascimento, alguns muito influentes até a atualidade.

Os três pontos da tríade vitruviana – utilidade (utilitas), beleza (venustas) e estabilidade (firmitas) não deixaram de estar presentes, apenas são lidas hoje num contexto muito diverso do original da época em que o tratado foi escrito. Mais do que isso, muitas novas preocupações são adicionadas a cada um dos três pontos, levando em consideração o entendimento da edificação como um sistema inserido em um ambiente complexo, com trocas e realimentações constantes. Continuar lendo A tríade vitruviana no século 21

O que é piso de porcelanato líquido?

Algumas empresas estão vendendo um “novo” sistema para pisos residenciais, com o nome de porcelanato líquido. A verdade é que este tipo de piso nada tem de novo, e seu nome real é piso epóxi, muito utilizado nas décadas de 1960 e 1970 por arquitetos brasileiros em edifícios de uso público ou coletivo.

Biblioteca FAUUSP, piso epóxi. Projeto arquitetônico Villanova Artigas
Biblioteca FAUUSP, piso epóxi. Projeto arquitetônico Villanova Artigas
Biblioteca FAUUSP, piso epóxi. Projeto arquitetônico Villanova Artigas
Biblioteca FAUUSP, piso epóxi. Projeto arquitetônico Villanova Artigas
As vantagens do piso epóxi (ou porcelanato líquido, como queiram) são:

  • alta resistência a abrasão (desgaste por atrito)
  • ausência de juntas
  • acabamento naturalmente brilhante
  • resistência física e química
  • autonivelante
  • capa única monolítica

Com estas características, o piso epóxi costuma ser utilizado em locais que exijam Continuar lendo O que é piso de porcelanato líquido?