Modalidades de reabilitação de centros urbanos

Quando se fala em reabilitação, recuperação, revitalização ou renovação de centros urbanos, existem diferentes estratégias de intervenção, de acordo com as características de cada caso.

Algumas delas são:

Renovação urbana: quando o existente é demolido e substituído por um outro padrão. Em geral, nestes casos, a ocupação é intensificada e a população original, expulsa do local. Exemplo: Baixa Pombalina, em Lisboa.

Revitalização urbana: tem o objetivo de retomar a vida econômica e social de uma área vista como decadente. Neste caso, a meta é trazer vida a uma área degradada e/ou abandonada. Exemplo: Nova Luz, em São Paulo (SP).

Requalificação urbana: procura integrar melhor a área às necessidades urbanas contemporâneas. Busca aumentar a atratividade e competitividade de uma área urbana. Exemplo: Porto Maravilha, no Rio de Janeiro (RJ), em suas intenções originais.

Conservação integrada: conservação, restauro e outras obras de reabilitação para novas funções. É uma aliança da proteção ao patrimônio construído ao desenvolvimento urbano. Exemplo: Bolonha, 1960.

Reabilitação urbana: a estratégia de gestão urbana procura requalificar a cidade, valorizar potencialidades e melhorar a qualidade de vida mantendo a identidade do lugar. Demanda negociação com a população local, preferencialmente com a participação desta no projeto. Exemplos: Hipercentro de Belo Horizonte (2007), Centro Antigo de Salvador (2010).

Podemos também classificar as experiências internacionais por período:

  1. Renovação urbana (1950-70): tinha por filosofia demolir para renovar, trabalhava com centros periféricos e migração para os subúrbios. Buscava a eliminação de congestionamentos nos centros. Na Europa, a reconstrução do pós-guerra levantou a questão da simbologia dos centros.
  2. Preservação urbana (1970-90): sua principal ideologia era a atração de público para os centros. Procurava fazer isso com projeto arquitetônico, políticas urbanas (comércio, habitação, transporte, espaços públicos, etc.), e programas de gestão compartilhada (um exemplo foram os Business Improvement Districts – BID, que se formavam pela união de comerciantes).
  3. Reinvenção urbana (1990): passou a discutir o papel da cidade na globalização. Planejamento estratégico começa a ser utilizado para a recuperação de economia local. Mudou a dimensão dos projetos, abrangendo mais áreas. A cidade passa a ser vista como empreendimento e surge o marketing de cidades (city marketing).

O termo reabilitação urbana vem da Declaração de Amsterdã, de 1975, a qual estabelece a necessidade de preservar a composição social de seus habitantes.

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