Visão geral do BIM [GA]

Compreender o BIM passa pela compreensão ampla do empreendimento e da linguagem utilizada pelo investidor. Todos os aspectos da gestão de um empreendimento, inclusive ao do próprio escritório de arquitetura se reflete, de uma forma ou de outra, no BIM.

A concretização do ativo físico sempre tendeu a ser iniciada pelo arquiteto, mas o restante do processo era opaco para nós, porque as informações e processos eram muito compartimentados. Isso acontecia no mundo analógico e no mundo digital anterior, como o da tecnologia CAD de produção de documentos.

BIM não é um software, é um conjunto de políticas, processos e tecnologias que está criando uma nova forma de trabalhar. É muito mais um como do que um o quê. Desde o início da informatização dos processos de trabalho estamos numa mesma tendência de integração, transparência e colaboração. O BIM é apenas o coroamento deste processo no tempo presente com a utilização das possibilidades tecnológicas disponíveis. Com elas, criamos novas ferramentas, redesenhamos os processos de trabalhos e repensamos nossas políticas infra e extra-setoriais.

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Lucro é resultado [GA]

O lucro líquido de uma empresa é o resultado de sua operação em determinado período, e é um valor apurado ao seu término, nunca determinado ex ante. Qualquer determinação prévia de lucro não faz sentido numa economia de mercado. Também não há sentido em discursos de determinação de metas de resultado que não considerem o custo de oportunidade do capital investido.

Diversos métodos populares de precificação de serviços de arquitetura, entre os quais se inclui a Tabela de Honorários do CAU, sugerem a inclusão de uma determinada margem arbitrária sobre o custeio para a definição do preço. Mas os preços são definidos no livre encontro entre ofertantes e demandantes no mercado. Cada contrato será fechado num preço específico, principalmente em setores de serviços complexos, intelectuais e criativos. E cada empresa terá uma estrutura de custos também específica, o que gera um resultado (lucro ou prejuízo) para cada contrato.

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Das atividades técnicas nos negócios da arquitetura [e]

Agora que já tratamos da diversidade de atuação em segmentos de mercado (veja aqui), o passo seguinte – e essencial – é falarmos das atividades técnicas desempenhadas pelos arquitetos e urbanistas nos escritórios [1]. Isso porque esses dados mostram de forma muito mais explícita a concentração de atividades técnicas em alguns poucos segmentos. Em outras palavras, nós arquitetos estamos nos debatendo em alguns nichos de mercado, o que tende a baixar os preços praticados e precarizar nossas condições de trabalho. Esses são os oceanos vermelhos.

Enquanto isso, outros nichos de mercado são ocupados por pouquíssimos arquitetos, que provavelmente fortalecem sua marca naqueles segmentos, trabalham com maior estabilidade de demanda e provavelmente podem praticar preços com markup positivo – ou seja, com retornos superiores ao seu custo de oportunidade financeiro. Isso não é pouco: grande parte dos escritórios de arquitetura estão hoje trabalhando com retornos negativos em relação ao seu custo de oportunidade, porque tomam por base apenas o retorno contábil ou o fluxo de caixa. Esses são os oceanos azuis.

Destaco aqui também que, até este ponto, eu só falei das atividades regulamentadas, ou seja, que a lei reconhece como sendo de atribuição do profissional de arquitetura e urbanismo (ainda que não seja exclusiva). Porém, nos dias atuais impera a inovação e novos negócios, principalmente aqueles que se fortalecem com as plataformas digitais. Apesar de já termos encontrado alguns escritórios (e outras empresas lideradas por arquitetos que não se intitulam como “escritórios de arquitetura”) tirando partido dessas possibilidades, a grande maioria parece não se mobilizar quanto ao modelo de negócios, insistindo em mecanismos ultrapassados de criação e entrega de valor ao cliente. Estas últimas também parecem ser as que mais sofrem para obter a remuneração mínima para sua viabilidade econômico-financeira. Continuar lendo Das atividades técnicas nos negócios da arquitetura [e]

Em onze anos…

Prezados leitores,

Completamos neste mês onze anos de existência deste blog.

Revendo os números que conquistamos em mais de uma década de existência e trabalho ininterrupto, percebo que o resultado é digno de orgulho. Jamais imaginaríamos isso em julho de 2009.

Muito obrigado a vocês, mais de 700 seguidores que nos acompanham semanalmente, por terem nos ajudado a produzir…

… mais de 1.200.000 visualizações no blog

… o recorde de 2.889 visualizações num único dia

… 546 textos publicados

… e mais de 1.000 comentários de leitores nos textos

 

Além disso, em parceria com a Amazon

… foram nove livros técnicos publicados

… 1.049 livros digitais vendidos no blog

… e mais de 81.760 páginas de livros lidas (e continuamos contando)

 

Em parceria com a Plataforma Teachable

… há três cursos abertos

… e já temos 101 estudantes matriculados

 

Também temos um canal no YouTube, com… Continuar lendo Em onze anos…

Escritórios de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo: atividades desenvolvidas

Estas informações foram publicadas como artigo científico, cite a fonte:

TREVISAN, Ricardo M.; BARROS, Gil G.; ONO, Rosaria. Segmentação na atuação das empresas de Arquitetura no município de São Paulo. Anais.. Uberlândia: PPGAU/FAU/FAUeD/UFU, 2019. Disponível em http://www.eventos.ufu.br/ufu/sbqp/2019/10

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