Como o risco fiscal afeta a construção civil

Estamos vivendo tempos de fortes solavancos na economia, com disparadas do dólar e fortes quedas na bolsa. Entre as causas domésticas para isso, certamente o risco fiscal é o mais relevante. Já faz alguns anos que o Brasil não consegue equilibrar bem essas contas, e os investidores passam do receio à desconfiança de que, em algum momento, o governo pode não conseguir honrar com seus compromissos financeiros. A incerteza faz com que investimentos domésticos sejam reduzidos, parte dos recursos vai para o exterior. Resultado, o real se desvaloriza, a inflação aumenta. E a insegurança faz com que o custo de capital se eleve, ou seja, os juros sobem. E fica mais difícil ainda ao Tesouro Nacional cumprir com suas obrigações, principalmente com relação à dívida interna e remuneração de títulos públicos. Pronto, está criado o círculo vicioso.

Mercado Imobiliário

E como isso afeta a construção civil? De diversas formas, e o impacto não é pequeno. Além dos impactos gerais que os manuais internacionais de economia apresentam, ainda há de se considerar as especificidades nacionais. A principal delas, o funding para o crédito imobiliário. O Brasil financia suas operações imobiliárias a partir de diversas fontes de recursos, das quais se destacam duas muito relevantes: o Fundo de Garantia do Trabalhador (FGTS) e as cadernetas de poupança (SBPE). Vejamos como o atual cenário de incerteza fiscal pode afetar cada um deles: Continuar lendo Como o risco fiscal afeta a construção civil

A cidade renascentista

A história da arquitetura costuma dividir o Renascimento em várias fases [1]:

  1. Primeiro Renascimento (1420 – 1500, na Itália)
  2. Renascimento tardio (1500 – 1600)
  3. Barroco (1600 – cerca de 1765)
  4. Rococó e Neoclássico (1750 – 1900, variando conforme a região)

Com a recuperação econômica e política europeia da Baixa Idade Média, também houve um resgate de referências culturais clássicas, evidentemente greco-romanas, associado ao desenvolvimento filosófico e científico ocidental. Também houve uma grande assimilação de conhecimentos adquiridos com outros povos, em especial os árabes e orientais.

O novo momento intelectual de retomada do racionalismo, em oposição ao misticismo medieval, provocou mudanças profundas na sociedade da época, o que se refletiu na pintura, escultura, arquitetura e urbanismo. A partir dos desenvolvimentos da perspectiva, sua expressão mais representativa surgiu em Florença e rapidamente se propagou pelo resto da Itália, um território onde o gótico medieval não era muito bem aceito por diversas razões culturais, em especial pelo vínculo com as referências romanas do passado. Em pouco tempo, a influência florentina já alcançava praticamente toda a Europa. Continuar lendo A cidade renascentista

Avaliação de aeronaves por inferência estatística, por Agnaldo Benvenho (UPAV 2016)

Agnaldo Benvenho é engenheiro mecânico pela USP, professor de Avaliação Econômica do IBAPE, Diretor Técnico do IBAPE Nacional, 3 vezes premiado no COBREAP e experiente avaliador de imóveis, empreendimentos, máquinas, equipamentos, complexos industriais, entre outros. E nos trouxe, nas telas da UPAV 2016, um estudo sobre a avaliação de aeronaves no contexto brasileiro.

Este tipo de avaliação nos EUA é feita por critérios subjetivos. Eles partem de valores médios publicados em catálogos de valor conhecidos como blue books sobre os quais são feitos ajustes de valor. Os valores dos blue books, que são várias publicações distintas, consideram a média de horas voadas por tipo e idade da aeronave. Continuar lendo Avaliação de aeronaves por inferência estatística, por Agnaldo Benvenho (UPAV 2016)

O planejamento urbano melhora nosso lugar no mundo – 10 medidas da ONU

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil está realizando uma campanha por cidades melhores e pela valorização da Arquitetura e Urbanismo. Em consonância com a Nova Agenda Urbana das Nações Unidas, o CAU está propondo à sociedade em geral, em especial aos prefeitos e vereadores eleitos, dez medidas pela qualidade das cidades.

Apenas com o esforço coletivo e boas ideias vamos produzir cidades justas, seguras, saudáveis, acessíveis, economicamente dinâmicas, resilientes e sustentáveis.

Ajude a espalhar essa ideia.

10 MEDIDAS RECOMENDADAS PELA ONU

Confira aqui 10 recomendações (comentadas) da Nova Agenda Urbana proposta pela Habitat III – 3a Conferência da ONU sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável, realizada em outubro de 2016 em Quito, no Equador. Continuar lendo O planejamento urbano melhora nosso lugar no mundo – 10 medidas da ONU

Os três pilares da Burocracia de Weber

Vale a pena lembrar: Max Weber definiu a organização burocrática sobre três pilares.

  1. Formalismo: a organização deve ter regras formais que definem ações e atitudes corporativas.
  2. Profissionalismo: a organização deve ser operada por quem trabalha por ofício, mediante remuneração proporcional à riqueza criada (valor adicionado). Relações informais não devem existir.
  3. Impessoalidade: o organização deve lidar com cada pessoa de acordo com seu mérito, competências, habilidades e atitudes. Exames, concursos e diplomas são base para a admissão e a promoção.

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