A conjuntura econômica brasileira em 2024 não foi favorável a nenhum tipo de empreendimento de risco. Juros altos e com viés de alta, dificuldades de investimentos domésticos, crise fiscal e desastres climáticos foram só alguns dos desafios enfrentados. Num cenário assim, é de se esperar que investimentos de risco, em projetos de longo prazo, com alta imobilização de capital sejam muito prejudicados, certo? Continuar lendo Concessões de infraestrutura demonstram resiliência
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Uso da Inteligência Artificial na arquitetura e engenharia [GA]
A capacidade transformadora da Inteligência Artificial (IA) no campo da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação (AECO) decorre de intensas evoluções recentes em dois vetores: a evolução de hardware e o desenvolvimento de novas arquiteturas e capacidades de IA. A Nvidia, por exemplo, acaba de lançar o Blackwell, uma nova Unidade de Processamento Gráfico (GPU) que quintuplica o desempenho na realização de tarefas de IA em relação ao seu próprio modelo anterior (Hopper), reduzindo o consumo de energia.
Entre outras características técnicas surpreendentes, esse lançamento corrobora a “Lei de Huang”, a qual afirma que a capacidade de GPU para treinar novas ferramentas de IA triplica a cada dois anos. Isso permite o desenvolvimento de sistemas de sofisticação continuamente crescente. Continuar lendo Uso da Inteligência Artificial na arquitetura e engenharia [GA]
Os estandartes do último adeus

Importantes revoluções costumam ser precedidas de curtos lapsos de saudosismos. Que o digam os revivalismos, a exemplo do neoclassicismo do final do século XIX. O ser humano, frente à mudança iminente que o jogará em algum cenário desconhecido, parece dar aquele “último adeus” a uma época que vai embora. Claro, pois frente às incertezas de um novo mundo que se prenuncia, o passado é sempre um porto seguro, um ambiente controlado, onde não há mais espaços para surpresas desagradáveis. Daí vem o incrível apelo comercial da nostalgia. É mais fácil vender a garantia de um futuro que já se concretizou. Continuar lendo Os estandartes do último adeus
Mercado de projetos de arquitetura: uma base para estratégia de abordagem

O mercado da Arquitetura é muito específico. Quem tenta planejar o marketing do escritório seguindo manuais tradicionais, certamente tem problemas ao se relacionar com o mercado, principalmente de captação de serviços e precificação inadequada. Nossa área trata de prestação de serviços intelectuais, complexos e culturais. Isso exige estratégias de mercado também específicas.
Um dos melhores estudos que já li sobre os motivos disso acontecer (além de ler Bryan Lawson), é o livro de Garry Stevens, O círculo privilegiado, publicado pela UnB. A partir das constatações de Pierre Bourdieu, o texto busca a natureza de nosso desafio com o mercado a partir do natureza do que nós, enquanto profissionais de arquitetura e urbanismo, representamos para o mercado. Continuar lendo Mercado de projetos de arquitetura: uma base para estratégia de abordagem
Aspectos socioambientais no ambiente de negócios
As questões socioambientais já configuram hoje um dos principais conjuntos de preocupações de gestores de negócios e de ativos econômicos. Das cinco maiores preocupações do Fórum Econômico Mundial (Davos 2019), todas são relacionadas a questões socioambientais, sendo todas delas explícitas e diretas. Se a temperatura média do planeta subir mais 2 graus Celsius, boa parte das áreas costeiras (e mesmo alguns países) simplesmente desaparecem por submersão. Sem falar que passam a existir riscos severos à existência humana no planeta. Isto aconteceria porque 2 graus em média significa variações de 11 graus Celsius nos polos (para mais ou para menos). As mudanças climáticas significam ambientes mais rigorosos e extremos mais agressivos à vida humana (vide relatos recentes de calor ou de frio intensos por todo o globo).
É um assunto novo para a humanidade, inclusive para as ciências econômicas, que se definem como aquelas que estudam a alocação de recursos escassos através de modelos que excluem as variáveis denominadas “externas”: os recursos naturais e todas as pessoas. São ciências baseadas em modelos mecânicos e físicos, muito distantes do atual entendimento do mundo como algo circular, finito e regenerativo (premissas da biologia). Porém, nossos modelos de negócios e teorias de administração de organizações (salvo raras exceções) estão muito mais calcadas na economia que na biologia.
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