Moedas brasileiras de 1942 a 2017

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Primeira família do Real
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Segunda família do Real

O período de combate à hiperinflação entre 1983 e 1994 deixou um histórico de rápidas mudanças de moedas no Brasil, o que causa até hoje confusão quando valores da época precisam ser atualizados. Fizemos coisas inéditas em todo o globo, como trocar 100% da moeda num único dia (1 de julho de 1994). Diversas vezes tivemos três zeros cortados e os nomes se repetiam para dificultar ainda mais a percepção do histórico de moedas. Nesses dez anos de solidão tupiniquim, as moedas oficiais passaram por uma pequena odisseia, então deixamos aqui um pequeno guia para lhe ajudar.

  1. Cruzeiro (Cr$) – 1942 a 1967. Este período inclui as primeiras emissões do Banco Central do Brasil. A partir de 1966, o nome do Bacen aparecia pela primeira vez nas cédulas de 10.000 cruzeiros.
  2. Cruzeiro Novo (NCr$) – 1967 a 1970. (1.000 cruzeiros = 1 cruzeiro novo). O nome foi criado temporariamente, até que a população se acostumasse com o corte de três zeros. O nome voltou a ser Cruzeiro em 1970.
  3. Cruzeiro (Cr$) – 1970 a 1986. (1 cruzeiro novo = 1 cruzeiro). O nome voltou ao padrão antigo, mas foi lançada uma nova família de cédulas, com projeto gráfico de Aloísio Magalhães. Era a primeira vez que nosso papel-moeda tinha projeto gráfico moderno.
  4. Cruzado (Cz$) – 1986 a 1989. (1.000 cruzeiros = 1 cruzado). Inaugura a saga dos planos de combate à hiperinflação dos anos 1980-1990. Circularam simultaneamente cédulas antigas de cruzeiros carimbadas ou não. A moeda era consequência do Plano Cruzado.
  5. Cruzado Novo (NCz$) – 1989 a 1990. (1.000 cruzados = 1 cruzado novo). O Plano Verão, após os planos Bresser e Maílson, interfere novamente no padrão monetário nacional.
  6. Cruzeiro (Cr$) – 1990 a 1993. (1 cruzado novo = 1 cruzeiro). Resultado do Plano Collor, a transição de governo trouxe de volta o padrão Cruzeiro e o congelamento dos depósitos em poupança como medida emergencial de combate à hiperinflação.
  7. Cruzeiro Real (CR$) – agosto de 1993 a julho de 1994. (1.000 cruzeiros = 1 cruzeiro real). Resolvidos os problemas de inflação de serviços, de custos e o desequilíbrio fiscal, faltava apenas eliminar a indexação da economia e a inflação inercial. O Cruzeiro Real foi a primeira medida para a resolução destes dois problemas, que se encerrariam com a substituição pelo Real em 1994. O Cruzeiro Real era, assim, parte do Plano Real.
  8. Real (R$) – desde julho de 1994. (1 URV = 2.750 cruzeiros reais = 1 real). O Plano Real substituiu toda a moeda nacional em 1 de julho de 1994, a maior troca de moeda da história. A estratégia foi transferir a indexação da economia para um único indicador confiável (URV) durante três meses, com rígido controle fiscal e monetário, e depois transformar este indexador em moeda. Houve substituição total de papel-moeda e controle monetário via taxas de juros pela meta da Selic (em vigor até hoje).

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O que é estudo de viabilidade técnica?

Os estudos de viabilidade são compostos por todas as disciplinas que necessitem de análise prévia ao investimento. Os mais comuns são:

  • Estudo de viabilidade econômico-financeira
  • Estudo de viabilidade técnica
  • Estudo de viabilidade comercial
  • Estudo de viabilidade ambiental
  • Estudo de viabilidade política

A viabilidade técnica de um projeto imobiliário é uma análise de risco versus retorno, considerando elementos do projeto técnico (arquitetônico, legal, instalações, estrutural, ambiental, entre outros).

O estudo costuma contemplar, no mínimo: Continuar lendo O que é estudo de viabilidade técnica?

O que é Registro de Responsabilidade Técnica (RRT)?

Conforme determina o CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo, o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) é o documento que comprova que projetos, obras ou serviços técnicos de Arquitetura e Urbanismo possuem um responsável devidamente habilitado e com situação regular perante o Conselho para realizar tais atividades. Os RRTs são gravados no Sistema de Informação e Comunicação do CAU (SICCAU) e compõem o acervo técnico do arquiteto e urbanista, com as informações registradas sobre o exercício da profissão. É uma proteção à sociedade e confere legitimidade ao profissional, fornecendo segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado. Continuar lendo O que é Registro de Responsabilidade Técnica (RRT)?

O que é avaliação econômica de empreendimentos de base imobiliária?

Descobrir o valor de mercado de um imóvel pode ser uma tarefa trabalhosa em alguns casos, em especial quando avaliamos empreendimentos de base imobiliária. Existem, grosso modo, duas formas genéricas de investimento imobiliário: o empreendimento imobiliário tradicional, onde se produz imóveis para alienar a terceiros no prazo mais curto possível, buscar o ciclo operacional mais eficiente, cuja relação do investidor com o produto praticamente se encerra no momento da venda restando apenas as garantias legalmente exigidas como vínculo posterior entre incorporador e cliente. É o caso mais comum em ambiente urbano, a forma como as incorporadoras costumam investir em apartamentos, salas comerciais, lotes urbanizados, casas em condomínio, entre outros. Nesta modalidade, o empreendedor analisa a viabilidade econômica do empreendimento verificando: Continuar lendo O que é avaliação econômica de empreendimentos de base imobiliária?

Método involutivo de avaliação: encerramento da UPAV 2016

O congresso da UPAV 2016, realizado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, foi encerrado com uma discussão acerca de aspectos polêmicos, incertezas e conciliações metodológicas do involutivo.

Eduardo Rottmann abriu a mesa de encerramento 2 (havia duas, a outra foi apresentada pelos norte-americanos Scott Robinson e Ken Wilson sobre revisões de laudos de avaliação) discutindo os motivos de se utilizar o método involutivo num contexto de forte expansão urbana no Brasil e na América Latina. Em nosso país, o Censo 2010 do IBGE já mostra mais de 80% da população urbana, concentrada em regiões metropolitanas, com planos urbanos mais complexos e restritivos.

Vivemos no período imediatamente anterior, forte expansão do mercado nacional incentivada, entre outros fatores, também pela Lei Federal 10.931 que trouxe a figura do patrimônio de afetação, que reduziu substancialmente o risco das incorporadoras. A partir de 2005, condições macroeconômicas e o amadurecimento de nossas incorporadoras, assim como do mercado de capitais nacional, fomentou uma explosão de IPOs (aberturas de capital) no setor, injetando algo em torno de 2 milhões de dólares em nossas empresas, transformando players regionais em nacionais. E junto veio uma inédita expansão do crédito, tanto a pessoas físicas quanto a jurídicas. Continuar lendo Método involutivo de avaliação: encerramento da UPAV 2016