Mercados profissionais: base de análise [GA]

Tecnologia

Garry Stevens bem identificou [1] que diversas bases de análise de mercados de profissões, assim como de empresas de atuação profissional, não contribuem em quase nada para a sobrevivência, muito menos para a perenidade desses empreendedores no mercado. Assim, abordagens baseadas no “senso comum” estão desaparecendo (por vezes, junto com seus seguidores), dando lugar a outras mais sofisticadas e mais aplicáveis a nossos ambientes de negócios contemporâneos. Tratarei nesse texto sobre uma dessas abordagens, um conjunto de ferramentas que Scott Lash considera ter grande poder de análise, portanto, muito útil para o posicionamento estratégico profissional.

Tais ferramentas são especialmente valiosas aos profissionais que lidam com a produção, reprodução e negociação de produtos culturais, caso de arquitetos, designers, autores e artistas em geral. Segundo Scott Lash, “a sociologia geral da cultura de [Pierre] Bourdieu não é apenas a melhor, é também a única que interessa”. Tal direcionamento objetivo cai como uma luva para a análise de mercados profissionais pela forte personificação da oferta ao mercado e da construção de marca, em especial na América Latina, onde a tradição empresarial em geral tem grande peso de identificação de pessoas no valor de marcas [2]. Continuar lendo Mercados profissionais: base de análise [GA]

(in)sustentabilidade da empresa prestadora de serviços

Muito se fala sobre sustentabilidade, mas pouco se explica sobre o quê. Termo este que hoje em dia se adere às políticas de responsabilidade ambiental, social e de governança (ASG) tem uma motivação muito mais primitiva no mundo dos negócios: o da busca pela perenidade da empresa. As motivações de Fayol para tirar gente da operação para isolar num escritório pensante não caíam muito longe dessa árvore.

Qualquer empresa que nasça sem uma intenção de perenidade consome recursos sociais custosos para atender a um objetivo relativamente curto para o mundo, justamente por estar limitado aos prazos de vidas humanas. Ou seja, abriga uma nada desprezível carga de egoísmo. Tais recursos sociais custosos são limitados, e o acesso a eles é particularmente concorrido em economias de alta desigualdade social. Continuar lendo (in)sustentabilidade da empresa prestadora de serviços

A Segunda Edição do mais lido já está disponível!

Introdução à administração do escritório de arquitetura Segunda Edição

O livro mais lido sobre administração de escritórios de arquitetura acaba de ganhar sua Segunda Edição, já disponível na Amazon em formato digital. Esta nova edição traz uma revisão completa do texto, atualizando para as condições atuais de tecnologia, regulação, mercado e ambiente de negócios. Você terá acesso a mais de 90% de material novo e perfeitamente aplicável ao nosso atual contexto de BIM, Inteligência Artificial, mercados competitivos digitais e regulação mais rigorosa.

Lançado originalmente em 17 de agosto de 2013, o livro mais lido sobre este assunto na plataforma Amazon havia recebido uma atualização de texto em 2017. Nesta nova edição, trazemos uma atualização e ampliação muito maior, com aprofundamento sobre a formação de preços, estratégias de competição derivados de metodologias ágeis (agile), e mais orientações sobre gestão de pessoas nos escritórios pós-pandemia de Covid-19. Continuar lendo A Segunda Edição do mais lido já está disponível!

Migrando para o BIM gratuito [GA]

Solare Guia de software livre para arquitetura

O CAU/BR divulgou recentemente um Guia de softwares livres para arquitetos e urbanistas, desenvolvido pela Solare. O guia é bastante didático e interessante, e aborda a migração para possibilidades gratuitas aos colegas para desenvolvimento e apresentação de projetos, tais como o Blender BIM e o FreeCAD. Continuar lendo Migrando para o BIM gratuito [GA]

O que define quanto vale uma empresa

O valor de qualquer empresa (inclui o das empresas pequenas e de prestação de serviços) é determinada por quatro elementos fundamentais que devem fazer parte das preocupações diárias de quem nelas investiu: geração de caixa (ou de outros valores) pelos ativos existentes, o crescimento esperado dessa geração, a taxa de desconto e o período de tempo até o amadurecimento do investimento.

O objetivo de qualquer ativo de uma organização deve estar relacionado à sua geração de caixa ou de valor. Insisto nessa segunda vertente porque algumas organizações não têm fins lucrativos, mas certamente possuem como missão a geração de outros tipos de valores, como os sociaisambientais ou culturais. Se a organização investir num ativo que não contribua em nenhum tempo nessa missão, não há motivo para sua existência dentro dessa organização. Continuar lendo O que define quanto vale uma empresa