Como obter o risco-Brasil sem EMBI+ do Ipeadata

O Ipeadata deixou de publicar os dados de risco-Brasil do EMBI+ (calculado pelo banco J.P. Morgan) no dia 30 de julho de 2024. Com isso, a fonte a ser utilizada para diversas finalidades financeiras teve que ser alterada – uma delas é a de importação do custo de capital próprio (CAPM) norte-americano para a aplicação em projetos brasileiros.

O EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus) era uma forma de se calcular a diferença de remuneração de títulos públicos de dívida dos países emergentes em relação aos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O índice era baseado nos bônus emitidos por este grupo de países e mostrava os retornos financeiros obtidos a cada dia por uma carteira selecionada de títulos.

O índice de risco-país auxilia os investidores na compreensão do risco de investir naquele ambiente doméstico específico: quanto mais alto for seu valor, maior a percepção de risco. O EMBI+ foi criado para classificar países que apresentassem alto nível de risco segundo as agências de rating e que tivessem emitido títulos de valor mínimo de US$ 500 milhões, com prazo mínimo de 2 anos e meio. Continuar lendo Como obter o risco-Brasil sem EMBI+ do Ipeadata

A questão das garantias em parcerias público-privadas

A Lei Federal 11.079/2004, também conhecida como Lei de PPPs, consolidou em nosso ordenamento jurídico uma demanda represada havia mais de uma década: permitir uma mudança no paradigma de relacionamento entre Poder Público e iniciativa privada, superando as simples contratações de fornecimento de materiais e obras, em direção a relacionamentos mais maduros em parcerias de longo prazo.

Ocorre que estes projetos costumam ter uma fase inicial de investimentos robustos, os quais, em parcerias público-privadas, são amortizados via contraprestações pagas (ou aportes de recursos) pelo ente público contratante ao longo de prazos extensos, que podem chegar a 35 anos. Obviamente, para que haja segurança entre as partes nessa relação, ambas exigem garantias de que o pactuado será mantido. Continuar lendo A questão das garantias em parcerias público-privadas