Lucro é resultado [GA]

O lucro líquido de uma empresa é o resultado de sua operação em determinado período, e é um valor apurado ao seu término, nunca determinado ex ante. Qualquer determinação prévia de lucro não faz sentido numa economia de mercado. Também não há sentido em discursos de determinação de metas de resultado que não considerem o custo de oportunidade do capital investido.

Diversos métodos populares de precificação de serviços de arquitetura, entre os quais se inclui a Tabela de Honorários do CAU, sugerem a inclusão de uma determinada margem arbitrária sobre o custeio para a definição do preço. Mas os preços são definidos no livre encontro entre ofertantes e demandantes no mercado. Cada contrato será fechado num preço específico, principalmente em setores de serviços complexos, intelectuais e criativos. E cada empresa terá uma estrutura de custos também específica, o que gera um resultado (lucro ou prejuízo) para cada contrato.

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Escritório de arquitetura não é uma linha reta [GA]

Acredito que o atual interesse dos arquitetos pelo tema do empreendedorismo e ferramentas de gestão tenha uma explicação muito simples e clara. O escritórios de arquitetura vivem um desafio inédito de estrutura de mercado. Para entender isso, é necessário um breve retrospecto. Continuar lendo Escritório de arquitetura não é uma linha reta [GA]

Ano sem fim

Olhando daqui de dezembro, este ano de 2022 parece ter sido longo demais, especialmente para o Brasil. Foi uma sequência de fatos e eventos que certamente terão consequências futuras contundentes. E parece que, ao viver mais um deles, há certa ofuscação ou efeito halo que nos dificulta uma visão panorâmica do que foram esses últimos 12 meses. Aqui, neste post, jaz um esforço contrário a essa tendência. Continuar lendo Ano sem fim

Precificação de risco e leilões de concessões públicas

Os contratos administrativos de forma geral já incluem a previsão legal de manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro estabelecido no momento em que foram firmados. Os contratos de concessão (sejam concessões comuns ou PPP) exacerbam tal necessidade em função de sua natural incompletude para o longo prazo. Contratos de PPP (Lei 11.079/2004) podem chegar a 35 anos, e as concessões puras (Lei 8.987/1995) não possuem limite temporal.

Com isso, para que o investidor aceite um compromisso tão duradouro, é necessário que todos os seus elementos possam ser precificados com a maior precisão possível no tempo presente. Qualquer incerteza mínima no tempo zero pode virar um gigante especulativo após décadas de incertezas macroeconômicas ou setoriais.

Ao colocar seu lance nos leilões públicos, o investidor de longo prazo na infraestrutura nacional está manifestando uma precificação de risco intrínseca. Explico: cada elemento de risco ao parceiro privado precisa ser precificada, ou seja, transformada em valores monetários, para que o investidor conheça os reais contornos de risco do investimento e possa construir sua proposta comercial alinhada à sua própria política de apetite ao risco. Continuar lendo Precificação de risco e leilões de concessões públicas

Como obter nível de ruído de trânsito por faixa de frequência [acústica]

Para medirmos o nível de ruído, utilizamos a unidade decibel (dB), que é obtida através de um logaritmo, e por isso não possui casas decimais. Para um determinado ruído, existe um nível de ruído em dB para cada faixa de frequência.

O ruído típico de trânsito urbano possui uma “assinatura” com o seguinte aspecto (dB por faixas de frequência):

125Hz: 77dB
250Hz: 76dB
500Hz: 74dB
1000Hz: 72dB
2000Hz: 71dB
4000Hz: 66dB

Para sabermos o nível de ruído global desta “assinatura” sonora, procedemos da seguinte forma: comparamos o primeiro valor (77) com o segundo (76) para saber qual a diferença de valor entre um e outro. Caso sejam iguais ou diferindo apenas 1dB, somamos 3 ao maior valor, conforme a tabela abaixo:

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