O valor do dinheiro ao longo do tempo: taxas de juros

O passar do tempo tem o poder de mudar o valor da moeda. Se você não acredita nisso, empreste dez mil reais hoje para serem devolvidos (os mesmos dez mil reais) daqui a um ano. Sabemos que isso não é justo. O que ocorre é que estamos acostumados a usar a moeda como o meio de troca por mercadorias. Mas e quando a mercadoria é a própria moeda?

Quando um imóvel é cedido ao uso de outro mediante a promessa de devolução e uma contrapartida financeira, chamamos esta de aluguel. Quando moeda é cedida ao uso de outros com as mesmas exigências, essa contrapartida financeira é chamada de juros e a perte emprestada a ser devolvida é chamada de principal. Existem inúmeras formas dessa operação ser realizada, com inúmeros métodos de definição da taxa a ser utilizada para o cálculo dos juros. Continuar lendo O valor do dinheiro ao longo do tempo: taxas de juros

Marketing para arquitetos 8: diferenciação

Seu cliente não percebe seu escritório da mesma forma que percebe os escritórios concorrentes. E a percepção humana é seletiva, observará prioritariamente aspectos nos quais esteja interessada. Se você pensa em trocar de carro, observará melhor os carros nas ruas. E se um modelo específico está em estudo, será identificado com maior facilidade, porque o subconsciente também se prepara para a busca (daí o motivo de se ter impressão que há um número muito maior de veículos daquele modelo nas ruas). Continuar lendo Marketing para arquitetos 8: diferenciação

Marketing para arquitetos 3: o que define o mix de marketing?

O profissional de marketing define ações desejáveis para a empresa sempre em mais de uma frente – o esforço isolado não perdura. O conjunto dessas frentes é chamado de composto (ou mix) de marketing. A composição mínima desse conjunto é a dos chamados quatro “P”s: produto, preço, promoção e praça:

  • Ações sobre o produto: a definição das características importantes para um determinado mercado, os atributos essenciais para a percepção dos benefícios de maior valor ao cliente alvo. Quais atributos do projeto de arquitetura são mais valorizados pelo seu mercado? Mais do que isso: que tipo de produto devo oferecer e qual tipo não devo oferecer ao mercado?
  • Ações sobre preços: em que faixa de preços devo trabalhar para transmitir uma mensagem adequada ao mercado alvo? Se o preço for muito baixo, a mensagem é de corte de custos, qualidade limitada, necessidade imediata de capital, agressividade comercial. Se o preço for muito alto, o potencial cliente pode ver a transação como irracional, pode sentir que não faz parte do mercado daquela empresa, ver injustiça no negócio, ambição de seus gestores, e assim por diante. E também vai comparar preços com seu concorrente e colocar sua marca em uma determinada posição em relação a outras empresas, marcas e conceitos abstratos. O chamado “posicionamento” ocorre na mente do consumidor, e apenas lá.
  • Ações sobre promoção: são as movimentações ativas da empresa no sentido de se apresentar ao mercado e associar a marca a conceitos abstratos na mente do consumidor, como adjetivos, por exemplo. A propaganda é uma ação de promoção, tenta associar sabonete a carinho, seguros a proteção, serviços financeiros a decisões inteligentes, etc. A forma mais popular é a inserção comercial de TV, mas participar de uma determinada festa ou almoço para divulgar seu escritório de arquitetura também é uma ação de promoção. Quando um veículo qualquer, como uma revista, fala sobre sua empresa sem seu controle sobre o que está sendo dito, é chamada publicidade.
  • Ações de acesso ao consumidor: canais, ou a praça. Como o mercado me encontra? Como me solicitar? Como me aproximo e entrego o produto ao mercado? A prestação de serviços cria sérias limitações aos canais, principalmente quando a entrega exige o contato pessoal com alguém com poder de decisão na empresa, caso comum na arquitetura. Há apenas duas opções para este problema: a) limitar o crescimento vegetativo da empresa e apostar em entrega de valor, diferenciação e posicionamento premium da marca, ou b) delegar poder a colaboradores treinados e estabelecer uma padronização mínima de condutas com diretrizes claras e permanentemente reforçadas, o que permitiria o crescimento vegetativo sem necessariamente abrir mão de um posicionamento mais interessante da marca em busca de melhor markup. O que é um melhor markup? É um retorno acima do esperado para as empresas de arquitetura, considerando os custos de oportunidade e riscos envolvidos. Continuar lendo Marketing para arquitetos 3: o que define o mix de marketing?

Administração para arquitetos 3: as duas estratégias principais

O formato de escritório-atelier é muito comum entre os arquitetos do mundo todo. O principal trade-off enfrentado por este tipo de profissional quanto ao tamanho da empresa é a dificuldade de crescer e obter economia de escala sem perder a qualidade, a singularidade e a personalidade de projetos ao tentar diluir demais recursos especializados. Assim sendo, existem dois formatos básicos em que se enquadram a maioria das empresas de arquitetura no Brasil: Continuar lendo Administração para arquitetos 3: as duas estratégias principais

Escritórios de arquitetura: duas estratégias principais

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por Ricardo Trevisan
O formato de escritório-atelier é muito comum entre os arquitetos do mundo todo. O principal trade-off enfrentado por este tipo de profissional quanto ao tamanho da empresa é a dificuldade de crescer e obter economia de escala sem perder a qualidade, a singularidade e a personalidade de projetos ao tentar diluir demais recursos especializados (BESANKO et al., 2006, p.112). Assim sendo, existem dois formatos básicos Continuar lendo Escritórios de arquitetura: duas estratégias principais