(in)sustentabilidade da empresa prestadora de serviços

Muito se fala sobre sustentabilidade, mas pouco se explica sobre o quê. Termo este que hoje em dia se adere às políticas de responsabilidade ambiental, social e de governança (ASG) tem uma motivação muito mais primitiva no mundo dos negócios: o da busca pela perenidade da empresa. As motivações de Fayol para tirar gente da operação para isolar num escritório pensante não caíam muito longe dessa árvore.

Qualquer empresa que nasça sem uma intenção de perenidade consome recursos sociais custosos para atender a um objetivo relativamente curto para o mundo, justamente por estar limitado aos prazos de vidas humanas. Ou seja, abriga uma nada desprezível carga de egoísmo. Tais recursos sociais custosos são limitados, e o acesso a eles é particularmente concorrido em economias de alta desigualdade social. Continuar lendo (in)sustentabilidade da empresa prestadora de serviços

Lytton He

“Temos trabalhado por muito tempo, e muito, para companhias com Modelos de Negócios ruins ou impróprios”

Lytton He

Pré-dimensionamento de dutos de ar condicionado

Quem faz projetos de áreas corporativas sabe que o maior volume utilizado sobre o forro é o dos dutos de ar condicionado. No entanto, não nos ensinaram como fazer qualquer pré-dimensionamento deste sistema, costumamos ter alguma ideia de algumas soluções padronizadas e trabalhamos com elas até que o engenheiro mecânico nos confirme se o espaço útil sobre forro é suficiente. O problema é quando a planta não é convencional e o caminhamento de dutos é maior que o usual. E aí? Vamos ficar esperando o projetista de ar condicionado para evoluir a arquitetura?

As dicas abaixo me foram passadas por um dos melhores calculistas e projetistas de climatização de São Paulo, e deixo aqui para ajudar a quem precisa. Lembre-se que se trata apenas de um pré-dimensionamento, as dimensões finais serão dadas pelo projetista de mecânica.

Este pré-dimensionamento foi estabelecido para:

  • Região Sudeste ou Sul do Brasil
  • Pé-direito útil em torno de 3 metros
  • Áreas corporativas
  • Não se aplica a peles de vidro sem proteção em fachadas expostas a insolação direta

Cada 15 metros quadrados de área de piso exigem 1 TR de capacidade, o mesmo que 680 metros cúbicos por hora. Portanto, uma área de Continuar lendo Pré-dimensionamento de dutos de ar condicionado

A Teoria de Pecking Order na estrutura de capital das incorporadoras brasileiras

 

Cheguei agora onde eu queria. Os posts anteriores sobre a proposição de irrelevância, trade-off e teoria da agência foram necessários para o entendimento da Teoria de Pecking Order (ou teoria da hierarquia de preferência, numa tradução livre).

A famosa pesquisa de Myers e Majluf, de 1984, colocam a questão da assimetria de informações: os gestores possuem mais informações sobre a magnitude dos investimentos, o retorno de cada investimento e outras características da firma que os investidores externos. Assim, os gestores prefeririam emitir ações quando os preços estão sobrevalorizados. Como os investidores sabem disto, exigiriam um desconto para comprá-las. Os gestores dariam, então, preferência a outras formas de financiamento, como o endividamento. Myers, em outro trabalho, sugere que as empresas seguem uma ordem de preferência para seu financiamento (pecking order). A sequência de preferência seria pelos recursos próprios (lucros retidos), seguido pela dívida de baixo risco, dívida de alto risco e, por fim, a emissão de ações.

Bulan e Yan, em 2010, estudaram a proposição do pecking order em função do ciclo de vida da firma e identificaram que Continuar lendo A Teoria de Pecking Order na estrutura de capital das incorporadoras brasileiras

A Teoria da Agência na estrutura de capital das empresas

A Teoria da Agência se preocupa com os problemas decorrentes da separação entre propriedade e controle. Segundo esta teoria, o gestor (agente) agiria de acordo com seus interesses e incentivos, que estão muitas vezes em conflito com os interesses dos acionistas (principal), especialmente com relação à emissão de ações e ao tamanho ótimo da firma. Estes conflitos seriam especialmente severos em firmas com grande fluxo de caixa. O gestor tenderia a maximizar sua utilidade, seu poder e suas mordomias, e deixaria em segundo plano os interesses do acionista, o qual gostaria de maximizar o valor da firma.

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