BIM não é uma escolha [GA]

 

Tecnologia

Aderir ou não ao BIM (Building Information Modeling) não é uma escolha disponível atualmente. Quem trabalha dentro do ecossistema BIM ganha tanto em eficiência que ficará impossível concorrer de fora dele daqui a pouco tempo. Não sou eu quem está dizendo isso, apenas tomo emprestadas as palavras do professor Rafael Sacks, do Israel Institute of Technology, um dos mais proeminentes nomes do assunto no mundo de hoje. Durante o BIM Fórum Conference Brasil 2024, o professor Sacks falou por mais de uma hora, e Inteligência Artificial operando o BIM, desenvolvendo um gêmeo digital (digital twin) e buscando as melhores soluções espaciais foi apenas a premissa inicial dessa fala. Qualquer alternativa fora desta realidade simplesmente não existia no mundo que o professor Sacks apresentou – mundo real de hoje, deixemos claro.

Este contexto está produzindo processos de baixo custo para assegurar qualidade de informação (foi apresentado o caso do projeto Hospital Odense, na Dinamarca). Para isso, os profissionais estão se preparando para diversos papéis neste enorme e complexo ecossistema, onde as funções tradicionais se somam a diversas outras de gestão e produção técnica em ambiente de colaboração digital. Para a interlocução universal, o professor Sacks reforçou a importância dos padrões neutros buildingSmart:

  • IFC: Industry Fundation Classes, formato padrão do modelo
  • BCF: padrão de comunicação durante o processo de desenvolvimento colaborativo, em especial no ambiente comum de dados (CDE)
  • COBie: padrão que define um conjunto mínimo de informações sobre o ativo construído, incluindo seus equipamentos, capturado durante o processo de projeto (design) e de construção em todos os projetos de edificações.

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A tríade vitruviana no século 21

Marcus Vitruvius Pollio é autor de um dos mais antigos tratados ocidentais de arquitetura e urbanismo a chegar a nossos dias. De Architectura, escrito em 10 volumes, levou mais de uma década para ser concluído (foi publicado aproximadamente no ano 16 a.C.) e trouxe o princípio de três pontos que inspirou muitos textos do Renascimento, alguns muito influentes até a atualidade.

Os três pontos da tríade vitruviana – utilidade (utilitas), beleza (venustas) e estabilidade (firmitas) não deixaram de estar presentes, apenas são lidas hoje num contexto muito diverso do original da época em que o tratado foi escrito. Mais do que isso, muitas novas preocupações são adicionadas a cada um dos três pontos, levando em consideração o entendimento da edificação como um sistema inserido em um ambiente complexo, com trocas e realimentações constantes. Continuar lendo A tríade vitruviana no século 21