BIM e a nova função do escritório de arquitetura [GA]

A revolução do BIM está, aos poucos, trazendo um novo papel aos escritórios de arquitetura: o de estruturador de bancos de dados. Para entender como isso está acontecendo, é necessário fazer uma rápida contextualização: o BIM, ao contrário do que vinha ocorrendo com as (honrosas) tentativas de parametrização dos sistemas CAD, conseguiu efetivamente popularizar um sistema geométrico baseado em bancos de dados. Sim, é disso que estamos falando, porque a parametrização do BIM nada mais é que um banco de dados combinado com a apresentação, edição, ensaios e análises tridimensionais cada vez mais intuitivas em ambiente virtual (pelo menos num primeiro momento).

No mundo real, isso tem se apresentado cada vez mais como uma construção inicial de bancos de dados a quem fará a gestão de operação e manutenção desse constructo tridimensional – e essa sempre foi a ideia, desde o início. O gestor, que tradicionalmente faria um controle próprio a partir de um diagnóstico do ativo, passa a receber o banco de dados inicial de um projeto executivo que também adquire novo significado. E isso se processo nos diferentes níveis dimensionais do BIM: Continuar lendo BIM e a nova função do escritório de arquitetura [GA]

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Avaliação de bens singulares: metodologia (UPAV 2016)

Após apresentar dois estudos de caso (avaliação de um quadro de Picasso e da Casa dos Contos, em Ouro Preto – MG), Radegaz Nasser e Maria dos Anjos Ramos retornaram aos palcos para apresentar a metodologia de avaliação de bens singulares de patrimônio cultural. Apesar da ordem aparentemente inversa das apresentações, não houve prejuízo da compreensão do processo para quem acompanhou os três trabalhos durante o congresso UPAV 2016 no Rio de Janeiro.

O contexto não poderia ser mais oportuno: em todos os países os valores culturais estão sendo resgatados, e a fala de nossos colegas sul-americanos durante a exposição confirma este entendimento em nossa região do globo. A APAC no Rio, ações em Cuzco, Washington D.C., Cartagena de las Índias, Salvador e Bogotá (compra de uma fazenda na Carrera 7 – Usaquén) são exemplos inequívocos do crescente interesse no assunto. E existe um selo mundialmente reconhecido para bens patrimoniais: o selo da UNESCO.

selo da UNESCO

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Avaliação de bens singulares: patrimônio histórico e cultural (UPAV 2016)

Já comentamos aqui sobre o trabalho do engenheiro Radegaz Nasser em avaliação de bens culturais. Durante o mesmo congresso UPAV 2016, ele fez no dia 21 de outubro outra apresentação sobre o tema, desta vez em parceria com uma referência mundial no assunto: a professora Maria dos Anjos Ramos (Portugal). Partiram de um estudo de caso de relevância para o contexto cultural brasileiro, a Casa dos Contos em Ouro Preto (MG) para demonstrar a metodologia avaliatória de bens singulares de importância cultural.

De forma distinta de bens comuns cujo valor cultural não seja saliente o suficiente para impactar o valor do imóvel, estes bens possuem particular importância para um povo, registram algum atributo fundamental de seus usos e costumes, suporte de uma identidade cultural que conecta indivíduos, agrupando-os. Portanto, o valor cultural do bem acrescenta valor de mercado ao avaliando. Continuar lendo Avaliação de bens singulares: patrimônio histórico e cultural (UPAV 2016)