Escritório de arquitetura e engenharia não se paga em horas [GA]

Escritório de arquitetura

Um dos maiores avanços na gestão de empresas de serviços do campo da Arquitetura, Engenharia, Construção e Operação do ativo construído (AECO) veio entre as décadas de 1980 e 1990, quando se popularizaram alguns conceitos-chave, como custos diretos variáveis e as despesas indiretas fixas. Com a adoção destes conceitos de controle contábil da prestação dos serviços, chegou também também o conceito de medição de custeio por horas trabalhadas dos profissionais envolvidos (os chamados “homens-hora”). E tivemos sucesso na democratização ampla desses conceitos entre os colegas.

Este avanço foi fundamental para importantes avanços na precificação e controle de custos e despesas dos escritórios. Mas também trouxe algumas armadilhas que se replicam muitas vezes sem o questionamento crítico adequado. Uma das mais perigosas é a utilização do método de quantificação de horas trabalhadas pelos profissionais como referência única e irrestrita de precificação dos serviços prestados em arquitetura e engenharia. O principal problema advém da prática de não observar a realidade do escritório como um todo na construção de preços – problema este que se torna crítico em escritórios em que existam custos fixos significativos. E fica ainda pior em escritórios de pequeno porte.
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Motivação no escritório de arquitetura: introdução

O que motiva o ser humano para o trabalho não é o dinheiro. Podem ser espantosos os resultados de pesquisas sobre o assunto que são realizadas desde os anos 1950 até a atualidade. Não é incomum trabalhadores trocarem de emprego para ganhar menos, principalmente aqueles envolvidos com atividades cognitivas, como os arquitetos. Isso deixa muita gente confusa. Inúmeras pesquisas mostram que a motivação humana depende do ambiente em que a pessoa está inserida – se o ambiente muda, a motivação também muda.

Só há uma pessoa capaz de criar motivação: ela própria. O máximo que se pode fazer externamente é criar as condições para que seus potenciais embriões se desenvolvam, nada mais. Quando o ser humano define uma meta a ser perseguida, define também um determinado volume e intensidade de esforços a serem alocados nessa missão.

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