Esses três estudos podem parecer ser a mesma coisa, mas são muito diferentes entre si. Visualmente, todos se apresentam como planilhas detalhadas que estimam fluxos financeiros futuros, mas o propósito de cada um deles se difere essencialmente dos demais. Apesar de serem construídos em formatos, com premissas e técnicas semelhantes, cada um deles é construído com um propósito diferente, e costumam ser contratados por clientes que possuem objetivos que os colocam em alguma dessas três categorias de forma muito clara.
O estudo de viabilidade econômico-financeira (EVEF) é a análise de uma oportunidade de negócio ou de investimento, e normalmente se refere a um empreendimento, ampliação ou modificação que ainda não existe. É parte integrante do plano de negócios (parcela econômico-financeira do business plan) e costuma ser encomendado pelo potencial investidor ou empreendedor como auxílio à tomada de decisão entre investir ou não.
A modelagem econômico-financeira (MEF) é parecida com o EVEF, com a diferença que aqui a oportunidade de negócio pode ser modelada. Ou seja, alguns aspectos da oportunidade de negócio pode ser construída de forma que atinja o patamar de viabilidade. Costuma ser desenvolvido para projetos em desenvolvimento que futuramente será oferecido a outros investidores. A principal diferença prática em relação à EVEF é que a MEF é parte de um projeto que não está sendo desenvolvido pelo próprio investidor, mas por algum outro tipo de promotor do negócio. Durante o desenvolvimento da MEF, o mercado é consultado para se saber se as percepções do modelador, do projetista e do investidor estão alinhadas. A MEF costuma ser feita para projetos de desenvolvimento, para projetos grandes que dependam de vários investidores diferentes ou para projetos públicos de grande porte.
Por fim, a avaliação de empreendimentos é feita em conformidade com a ABNT NBR 14.653 – parte 4, e tem o objetivo de observar um empreendimento existente e atribuir a ele um valor, expresso em montante monetário único. Este tipo de estudo costuma estar associado a uma transação de compra e venda potencial: é contratado pelo potencial comprador, pelo potencial vendedor, ou por agentes que precisam conhecer esse potencial montante pelo qual o empreendimento seria negociado – caso de seguradoras e agentes de crédito.
Todos os três estudos consideram fluxos financeiros futuros para chegar a alguma conclusão. Portanto, todos os três precisam obrigatoriamente considerar o valor do dinheiro no tempo e o custo de capital dos potenciais investidores. Para isso, se utilizam de assuntos que já apresentamos por aqui, como o custo de capital do investidor (CAPM), o custo de capital total do projeto (WACC), análises de mercado, observações da conjuntura macroeconômica e vários outros tópicos relacionados à matemática financeira de empreendimentos.
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