Já falamos aqui sobre Custo de Oportunidade, mas vale a pena reforçar a ideia: é o quanto se deixou de ganhar por não aproveitar outras oportunidades disponíveis ao se decidir por determinada alternativa financeira. (ASSAF NETO, 2014:1) E essa comparação deve ser feita com alternativas de mesmo risco.
Portanto, o custo de oportunidade é a remuneração mínima exigida pelo investidor.
A necessidade de outros indicadores além do lucro contábil vem de suas limitações como medida de desempenho econômico, tais como:
- Não incorpora o risco do negócio
- Não inclui o custo de capital do acionista (custo de oportunidade)
- É apurado pelo regime de competência, não equivale ao resultado disponível de caixa
- Ignora o valor do dinheiro no tempo
Valor só é criado ao acionista quando as receitas de vendas superam todos os dispêndios incorridos, inclusive o custo de oportunidade do capital próprio. Este resultado adicional é conhecido por MVA (Market Value Added), ou goodwill. Por isso, gerar lucro contábil não é suficiente. Uma empresa pode ter lucro e estar destruindo valor ao mesmo tempo, se o custo de oportunidade não for superado (não remunera adequadamente o risco).