Construção civil na era da Inteligência Artificial

A primeira era digital da construção civil veio com a adoção dos sistemas CAD, logo que os computadores pessoais se popularizaram, no final da década de 1980. Depois veio da metodologia BIM, com seus novos processos e fluxos de trabalho na década de 2010. Agora, enquanto muitos profissionais e empresas ainda se adaptam a essas mudanças, a Inteligência Artificial (IA) inunda nosso cotidiano.

Essa tecnologia revoluciona o ciclo de vida da construção, traz novas capacidades computacionais em todos os aspectos do setor de arquitetura, engenharia, construção e operação dos ativos (AECO). Estamos adentrando uma nova era digital, e a inteligência artificial é muito mais que uma ferramenta, trata-se de uma força revolucionária que transforma nossa abordagem ao projetar e construir. Essa tecnologia provavelmente aumentará a eficiência, abrirá mais espaço à criatividade e a sustentabilidade, e marcará uma profunda e fundamental mudança dos métodos tradicionais para soluções inovadoras. Continuar lendo Construção civil na era da Inteligência Artificial

Desperdícios modernos

“Aumentos consideráveis de produtividade possibilitados pela moderna administração e tecnologia criaram mais capacidade produtiva do que as empresas sabem como lidar. (…) Como carecemos de um paradigma gerencial coerente com as novas iniciativas de inovação, estamos pondo de lado nosso excesso de capacidade com um naturalidade extravagante. (…) Um desperdício gigantesco dos recursos mais preciosos de nossa civilização: o tempo, a paixão e a habilidade das pessoas.” 

– Eric Ries

 

[e] Introdução ao empreendedorismo

Empreendedor é aquela pessoa que mobiliza recursos e assume o risco de começar uma empresa. Para os economistas, o empreendedorismo está associado à inovação e ao desenvolvimento econômico. Entre eles destacam-se três principais nomes:

  • Richard Cantillon (Ensaio sobre a natureza do comércio em geral, 1775): foi o primeiro a identificar o papel crucial do empreendedor na economia ao assumir os riscos da negociação de bens ou serviços;
  • Jean Baptiste Say (Tratado de economia política, 1888): observou que o empreendedor se viabiliza ao atender às necessidades humanas agindo muito além da direção do negócio, incluindo em suas atividades o planejamento, avaliação de projetos e tomando riscos para si. O sucesso empresarial é essencial para a sociedade, porque um país com muitos comerciantes, fabricantes e agricultores inteligentes tem maiores possibilidades de alcançar a prosperidade. Os empreendedores podem alterar os recursos econômicos de uma área de baixa produtividade, transformando-a em região de produtividade e lucratividade elevadas, processo pelo qual se cria valor;
  • Joseph A. Schumpeter (Capitalismo, socialismo e democracia, 1942): empreendedores inovam a) identificando formas de se usar as invenções, b) introduzindo novos meios de produção, novos produtos e novas formas de organização. Essas inovações, segundo Schumpeter, exigem tanta ousadia e habilidade quanto o processo de invenção. O empreendedor promove a “destruição criativa” ao tornar obsoletos os recursos existentes e tornando necessária sua renovação. Para Schumpeter, a questão principal não seria a forma como o capitalismo administra as estruturas existentes, e sim como as cria e destrói, porque a causa do progresso e do contínuo aprimoramento do padrão de vida da coletividade é a própria “destruição criativa”.

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