O que define quanto vale uma empresa

O valor de qualquer empresa (inclui o das empresas pequenas e de prestação de serviços) é determinada por quatro elementos fundamentais que devem fazer parte das preocupações diárias de quem nelas investiu: geração de caixa (ou de outros valores) pelos ativos existentes, o crescimento esperado dessa geração, a taxa de desconto e o período de tempo até o amadurecimento do investimento.

O objetivo de qualquer ativo de uma organização deve estar relacionado à sua geração de caixa ou de valor. Insisto nessa segunda vertente porque algumas organizações não têm fins lucrativos, mas certamente possuem como missão a geração de outros tipos de valores, como os sociaisambientais ou culturais. Se a organização investir num ativo que não contribua em nenhum tempo nessa missão, não há motivo para sua existência dentro dessa organização. Continuar lendo O que define quanto vale uma empresa

Um dia histórico para a FAUUSP

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Ontem, 13 de dezembro de 2016, foi um marco para a história a faculdade que me formou arquiteto e urbanista. Referência nacional de excelência em pesquisa e ensino, a instituição ainda é, infelizmente, um tanto estanque a um assunto importante e absolutamente necessário para a sobrevivência do arquiteto recém-formado: a organização de sua prática profissional numa economia de mercado. Por diversos motivos que não serão aqui tratados, qualquer menção a aproximar a atividade do arquiteto de práticas de mercado costuma ser veementemente criticada nas dependências da instituição.

Mas algo diferente ocorreu ontem. Continuar lendo Um dia histórico para a FAUUSP

Administração para arquitetos 1: introdução

O Brasil tem um arquiteto para cada 2.000 habitantes. Existem mais de duzentas escolas oferecendo cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo, onde estudam atualmente pelo menos 50.000 estudantes e se graduam cerca de 5.000 novos arquitetos a cada ano. Existem mais de 90.000 arquitetos para uma população de 180 milhões de habitantes. Essa relação não é muito diferente da média mundial: é, aproximadamente, a proporção de Irlanda, Finlândia, Suécia, Holanda, França, Grã-Bretanha. E temos menos arquitetos por habitante que Noruega, Suíça, Portugal, Bélgica, Grécia, Espanha, Itália e Alemanha. Da amostra apresentada, só teríamos mais arquitetos por habitante que a República Tcheca, Áustria e Polônia.

Se considerarmos ainda a maior necessidade de arquitetos que temos por déficit de área construída (por exemplo aquela devida ao déficit habitacional), isso nos levará a supor que os arquitetos brasileiros são mais demandados que em outros países e talvez melhor remunerados. Mas não é isso o que acontece, há outros problemas que não entraram nessa equação. Somos um dos piores países do mundo em distribuição de renda, nossa qualidade de educação é reduzida, temos problemas sociais mais profundos que muitos dos países citados. Além disso, nosso ensino de arquitetura precisa ser atualizado, há muitas faculdades de baixa qualidade formando arquitetos que na prática são apenas técnicos. Continuar lendo Administração para arquitetos 1: introdução