A cidade radiosa de Le Corbusier

O papel de Le Corbusier para o Movimento Moderno é tão importante que fica difícil imaginar outro igualmente influente para citar como referência. Sua atuação pessoal era quase como a de um profeta convicto divulgando ideias radicais e polêmicas a todos os ventos, acompanhado de uma produção técnica concreta e uma militância esforçada em arregimentar o máximo possível de pessoas que encontrava pelo caminho.

O Plan Voisin de Le Corbusier
O Plan Voisin de Le Corbusier

Também é seguro considerar Le Corbusier como uma das principais influências no desenho urbano internacional de 1940 até 1970. A partir da década de setenta, passou a ser criticado pelas deficiências das cidades europeias de então, mas a grandeza de sua obra foi (merecidamente) reconhecida alguns anos mais tarde. Continuar lendo A cidade radiosa de Le Corbusier

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A cidade de Camillo Sitte

A consolidação do urbanismo enquanto campo de conhecimento fomentou o surgimento de textos teóricos em quantidade muito superior ao que vinha sendo produzido até meados do século 19.

Um dos nomes mais proeminentes dessa virada foi, curiosamente, quem olhou para o passado com uma vertente referencial um tanto nostálgica: Camillo Sitte (Construção das cidades segundo seus princípios artísticos), admirador dos traçados e volumes construídos medievais, viu nas antigas cidades medievais algo que vinha se perdendo durante a urbanização periférica na zona das antigas muralhas de Viena (o ring): a riqueza de visuais, caminhos, narrativas e surpresas do olhar ao explorar o espaço urbano durante uma simples caminhada, tal qual o faria Gordon Cullen em forma de desenhos quase um século depois. Continuar lendo A cidade de Camillo Sitte