Os estandartes do último adeus

person holding blue and silver vintage camera

 

Importantes revoluções costumam ser precedidas de curtos lapsos de saudosismos. Que o digam os revivalismos, a exemplo do neoclassicismo do final do século XIX. O ser humano, frente à mudança iminente que o jogará em algum cenário desconhecido, parece dar aquele “último adeus” a uma época que vai embora. Claro, pois frente às incertezas de um novo mundo que se prenuncia, o passado é sempre um porto seguro, um ambiente controlado, onde não há mais espaços para surpresas desagradáveis. Daí vem o incrível apelo comercial da nostalgia. É mais fácil vender a garantia de um futuro que já se concretizou. Continuar lendo Os estandartes do último adeus

Os submarinos do tempo

selective focus photo of woman in white sweater and maroon pants standing on a balcony with her eyes closed while holding white ceramic mug

Amyr Klink define muito bem os desafios de qualquer navegador quando explica que ninguém atravessa mar algum. O máximo que o ser humano consegue fazer é manifestar sua intenção de travessia, e aguardar que a natureza o permita. Com paciência e sabendo  compreender os sinais à disposição.

Amyr enfrentou também um desafio maior, quando enfrentou períodos de bloqueio de seu barco (Paratii) pelo congelamento, tanto no Ártico quanto na Antártida, aventura esta relatada em seu livro Paratii – entre dois polos. Neste caso, o navegador relatou se sentir um “passageiro do tempo”, aguardando que este permitisse sua travessia. Com paciência e atento aos sinais. Continuar lendo Os submarinos do tempo