Algumas soluções simples de arquitetura podem ajudar muito a fazer uma casa mais fresca para aguentar nosso verão brasileiro, que varia do tropical (sudeste) ao equatorial (norte). Muitas soluções não exigem investimentos muito maiores que os convencionais, nem consumo de energia elétrica, são simplesmente utilização inteligente de materiais convencionais. Deixo aqui uma lista dessas dicas, espero que ajudem.
Ventilação cruzada
Sempre que puder, abra janelas em posições opostas da casa. Isso facilita a troca de ar e aumenta a velocidade interna do ar (brisa), que dá sensação térmica mais agradável à pele.
Efeito chaminé
Se puder fazer aberturas em posições mais altas dos ambientes, a temperatura interna se reduz. Isso acontece porque o ar quente tende a subir, e se houver uma posição de escape para ele, a renovação de ar tende a roubar calor do ambiente.
Inércia térmica
Quanto mais “pesada” uma parede, mais tempo ela demora para se aquecer. Isso é bom para paredes que recebem muito calor por radiação solar. Mas o “peso” da parede não é suficiente se o material também não tiver boa inércia térmica. Os melhores materiais para isso são o barro e a cerâmica. Por isso as casas antigas, feitas de tijolo maciço de barro, com paredes de 25 a 35 cm de espessura eram mais frescas. O mesmo vale para a cobertura. Telhados feitos com telhas de barro ajudam a refrescar o ambiente.
Manta de subcobertura
Existem hoje mantas para colocar por baixo das telhas, que além de ajudar a impedir a passagem de água, protegem o volume da ar abaixo das telhas da elevação de temperatura por radiação solar. Prefira mantas que permitam a passagem ascendente de vapor d’água para evitar mofo e proteger melhor o madeiramento do telhado. Uma laje de cobertura também ajuda muito a isolar o volume de ar quente dos ambientes da casa.
Pisos frios
Pisos em pedra e cerâmica roubam calor do ambiente. Para casas em regiões cujo clima seja predominantemente quente, são altamente recomendáveis, mas para áreas internas. Áreas externas podem receber pedras com alto índice de vazios, como pedra Goiás ou São Tomé, muito utilizadas em áreas de piscinas.