Frederick Winslow Taylor, nome mais destacado deste movimento, ingressou na Midvale Steel em 1878, onde observou problemas das operações fabris (presentes em várias organizações até os dias de hoje), como: falta de divisão clara da divisão de responsabilidades da administração com o trabalhador; ausência de incentivos para melhorar o desempenho; trabalhadores não cumprindo com suas responsabilidades; decisões baseadas em intuição e palpite; falta de integração entre departamentos; operários despreparados para execução de tarefas exigidas; ignorância sobre os benefícios da excelência de desempenho, conflitos entre capatazes e empregados sobre o volume de produção.
A partir de suas observações, desenvolveu um sistema de administração de tarefas que mais tarde ficou conhecido como sistema Taylor, taylorismo e, depois, administração científica. O principal motivo do estudo dos tempos foi a busca da precisão para definir o valor dos salários. Posteriormente, percebeu-se seu valor intrínseco de permitir o aprimoramento do trabalho operacional através da racionalização de movimentos.
Na segunda fase do movimento, a ênfase se desloca da produtividade do trabalhador para o aprimoramento dos métodos de trabalho. Naquele momento, Taylor apresentou seus princípios da administração de uma empresa:
- Seleção e treinamento de pessoal
- Salários altos e custos baixos de produção
- Identificação da melhor maneira de executar tarefas
- Cooperação entre administração e trabalhadores
Em 1911, Taylor publicou estes princípios com aprimoramentos, defendendo:
- uma ciência para cada método de trabalho em oposição ao velho método empírico
- seleção, treinamento, instrução e desenvolvimento do trabalhador
- cooperar sinceramente com os trabalhadores
- a administração incumbe-se de todo o trabalho para o qual esteja mais bem preparada que os trabalhadores
Taylor propunha ainda a criação de um departamento de planejamento e que toda a atividade cerebral fosse removida da fábrica e centralizada neste departamento. A produtividade resulta da eficiência do trabalho, e não da maximização do esforço, ideia que até hoje ainda não se firmou completamente. O objetivo não deve ser trabalhar duro, nem depressa, nem bastante, e sim trabalhar de forma inteligente.
Entre outros nomes da administração científica, é muito presente na arquitetura e na engenharia o de Henry Gantt, assistente de Taylor na Midvale Steel. Gantt apresentou, em 1903, um controle gráfico diário da produção, um método visual de acompanhamento de fluxos do sistema produtivo. Este gráfico de barras é muito utilizado até hoje para representar o andamento de projetos e obras (depois falaremos sobre críticas recentes a este método), também conhecido como gráfico de Gantt, e só foi popularizado após sua morte (1919), quando Wallace Clark, um funcionário seu, publicou um livro divulgando a técnica que havia sido utilizada pelos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial.
A administração científica foi criticada na época em função do receio do desemprego que o aumento da eficiência poderia trazer, e foi acusada de ser apenas uma forma do operário trabalhar mais e ganhar menos. Por outro lado, os resultados obtidos pela administração científica, assim como a popularidade do combate ao desperdício permitem que as ideias de Taylor desfrutem de grande interesse até os dias atuais. Nos anos 1950, o conceito de kaizen (melhoria contínua) foi construído sobre os princípios da administração científica de Taylor.
Referências bibliográficas
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2006.