Como obter o risco-Brasil sem EMBI+ do Ipeadata

O Ipeadata deixou de publicar os dados de risco-Brasil do EMBI+ (calculado pelo banco J.P. Morgan) no dia 30 de julho de 2024. Com isso, a fonte a ser utilizada para diversas finalidades financeiras teve que ser alterada – uma delas é a de importação do custo de capital próprio (CAPM) norte-americano para a aplicação em projetos brasileiros.

O EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus) era uma forma de se calcular a diferença de remuneração de títulos públicos de dívida dos países emergentes em relação aos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O índice era baseado nos bônus emitidos por este grupo de países e mostrava os retornos financeiros obtidos a cada dia por uma carteira selecionada de títulos.

O índice de risco-país auxilia os investidores na compreensão do risco de investir naquele ambiente doméstico específico: quanto mais alto for seu valor, maior a percepção de risco. O EMBI+ foi criado para classificar países que apresentassem alto nível de risco segundo as agências de rating e que tivessem emitido títulos de valor mínimo de US$ 500 milhões, com prazo mínimo de 2 anos e meio.

A unidade de medida de índices de risco-país é o ponto-base, onde dez pontos-base equivalem a um décimo de 1%. Os pontos mostram a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de países emergentes e a oferecida por títulos emitidos pelo Tesouro americano. Essa diferença é o spread, ou o spread soberano.

Com o encerramento da divulgação de dados do EMBI+ pelo Ipeadata, onde muitos profissionais do setor coletavam esses dados, foi necessário coletar esse tipo de informação em outra fonte. Minha sugestão é a de utilizar, em ordem hierárquica de preferência:

  1. O prêmio de risco-país (country risk premium) conforme definido pela Moody’s, também divulgado pela Universidade de Nova York (link aqui);
  2. Dados de leilões de CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, se a primeira opção (Moody’s) não estiver disponível).

Uma opção de fonte para isso, por exemplo, é o site investing.com:

Outra opção é capturar essa informação em World Government Bonds:

Saiba mais:

Estudo de viabilidade econômica de empreendimentos imobiliários

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