Quando falamos sobre infraestrutura nacional – ou melhor, sobre suas carências – parece que estamos num assunto tratado à exaustão nos últimos anos. Ou décadas. Desnecessário ficar aqui me repetindo sobre deficiências e efeitos sociais decorrentes, pois esse solo já é arado o suficiente.
O assunto aqui é um pouco diferente. Quem batalha por um país melhor preparado tem um constante incômodo: o de ter que dormir com o problema todos os dias sem que a velocidade de reversão do cenário catastrófico que vivemos seja sentida pela população.
Tenho a sensação de que todos os envolvidos conhecem bem a fundo esse buraco em que estamos, mas são raros aqueles que se dispõem a escalar suas paredes para ver o que há lá em cima. Dizendo de outra forma, é fácil reclamar da falta, mas nem tanto encarar com maturidade uma proposta de solução diferente dos atuais projetos e processos convencionais.
O problema é que existimos num universo de constante mutação, aliás sendo esta uma de nossas poucas certezas na vida. Neste inexorável contexto, o convencional está fadado à morte. E, aos valorosos voluntários à mudança, a paralisia dos demais frente ao inevitável combate é tão angustiante quanto a necessidade de se licitar a compra de um balde enquanto naufragamos junto com o rombo no casco do barco. Pior: muitas vezes o rombo já foi identificado há tempos.
As necessidades da infraestrutura brasileira são urgentes, não há qualquer espaço para procrastinação. É urgente que tal espírito de compreensão faça revoluções na forma como temos tentado manter, ampliar ou adicionar nossos ativos. Os brasileiros não estarão minimamente atendidos enquanto não começarem a sentir algum alívio em suas necessidades de base.
Uma nova forma de oferecer ajuda aos entes subnacionais, já tratamos anteriormente aqui, são as parcerias com a iniciativa privada. Precisamos inovar, sim. Einstein já afirmava ser irracional esperar resultados diferentes em experimentos idênticos. E, não custa lembrar, as formas tradicionais de se promover a infraestrutura nacional não têm sido suficientes.
É crucial trabalhar com objetividade, por vários motivos: primeiro, porque ainda estamos trabalhando para recuperar um imenso atraso; segundo, porque está em linha com as melhores práticas mundiais; terceiro, porque não há mais nenhuma outra opção para o país.
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