A Apple anunciou no último dia 30 de novembro um conjunto de relançamentos que abrem novas possibilidades de hardware e software para nós, arquitetos e urbanistas. Um dos pontos mais interessantes foi que a empresa de Cupertino trabalhou no redesenho de produtos mais acessíveis, e não nos mais caros, como vinha fazendo nos últimos anos. Particularmente para nós, brasileiros, a desvalorização recente do real em relação ao dólar encareceu seus produtos em território nacional a níveis inéditos, e estava desmotivando muita gente. Essa tendência tende a se inverter nos próximos meses em especial com o lançamento do novo MacMini e do MacBook Air, este último com preços muito mais próximos à nossa realidade do que o MacBook Pro, produto em que a Apple apostou nos anos recentes.
O MacMini, modelo mais barato da Apple para CPU não recebia atualizações desde 2014 e muita gente apostava que sairia de linha. A ação da Apple foi em sentido oposto: manteve o nível de preços do modelo anterior mas transformou o produto numa máquina muito poderosa para nossas necessidades, começando com uma configuração mais básica de entrada com processador i3 de 4 núcleos e 3,6 GHz, Cache L3 compartilhado de 6MB (com possibilidade de Boost até 4,6GHz em i7 de 6 núcleos), 8 GB de memória SO‑DIMM DDR4 com 2666 MHz, com possibilidade de configuração até 64 GB e suporte para até três monitores, sendo dois monitores com resolução de 4096 x 2304 a 60 Hz conectados via porta Thunderbolt 3 e um monitor com resolução de 4096 x 2160 a 60 Hz via porta HDMI 2.0. E, como não podia faltar, SSD de 128 GB expansível até 2TB. As novas portas USB-C são também Thunderbolt 3 e permitem uma velocidade de transferência de até 40 Gbps. Realmente inédito para um MacMini.
Esta é uma configuração realmente incrível e potente para nossas necessidades mais avançadas, como suporte a sistemas BIM, realidade aumentada, integração de comunicações em nossa cadeia de produção, renderização em hiper-realismo com uma velocidade à qual não tínhamos acesso num produto com esta faixa de preços (nos EUA, o modelo básico custa US$ 799,00 sem os impostos).
O novo MacBook Air, apesar de não alcançar um nível tão alto de desempenho quanto o MacMini, veio com uma configuração nada desprezível e que também vai atender às necessidades de grande parte dos arquitetos, mesmo àqueles mais exigentes. O modelo mais básico já vem com uma tela Retina display de 13 polegadas, Touch ID integrado (você pode fazer uma compra sem digitar nenhuma senha, apenas usando sua digital, por exemplo), Intel Core i5 de dois núcleos e 1,6 GHz (Turbo Boost de até 3,6 GHz) com cache L3 de 4 MB, SSD PCIe de 128 GB com possibilidade de configuração até 1,5 TB, memória integrada LPDDR3 de 8 GB com 2133 MHz, com possibilidade de ir até 16 GB, mantendo o mais incrível do Air: espessura de 1,56cm e peso total de 1,25kg. E também usa as portas Thunderbolt de até 40 Gbps. O modelo básico nos EUA sai por US$ 1.199,00.
O novo iPad Pro, além de trazer a segunda geração da Apple Pencil que tem comandos de duplo clique, por exemplo, oferece agora aplicativos robustos e completos como AutoCAD e Photoshop com todas as suas funcionalidade disponíveis. Também ficou mais estreito (5,9mm) e mais leve (468 gramas), tem tela Liquid Retina de ponta a ponta, e promete permitir gestos mais intuitivos e fluidos para as atividades de criação e mais precisão de cores. Seguindo a tendência que vinha com o iPhone X, agora desbloqueia e valida acessos e compras com reconhecimento facial do proprietário (Face ID). O modelo de 11 polegadas custa US$ 799,00 nos Estados Unidos.
Todos esses novos produtos Apple são produzidos com alumínio 100% reciclável e componentes plásticos com grande proporção de material reciclado.
Conforme testarmos os novos produtos vamos relatando aqui para vocês nossas impressões. Acompanhe.
Assista ao vídeo completo do lançamento.