O entendimento das diferenças individuais é essencial para a tomada de boas decisões de marketing, recrutamento e seleção, trabalho em grupo, liderar equipes e conviver com colegas de trabalho. os principais tópicos a observar são:
- Percepção: processo de selecionar, organizar e interpretar estímulos. Sua interpretação atribui significado e valor, portanto, diferentes pessoas reagem de forma diferente ao mesmo estímulo. Três fatores contribuem para diferenças na percepção: observador (fatores pessoais podem ampliar, anular ou distorcer estímulos), estímulo (propriedades dos estímulos podem influenciar sua percepção, tais como intensidade, tamanho, movimento, repetição, contraste, novidade, proximidade), e situação (ambiente em que o estímulo se situa). Alguns erros ao perceber outras pessoas são: efeito halo (julgamento a partir de um traço de comportamento ou característica de sua aparência), contraste (pessoas comparadas umas com as outras), projeção, estereotipagem e preconceito (percepção de forma simplificada)
- Atitudes: são estados mentais de predisposição ou prontidão. Influenciam a interpretação dos estímulos. Manifestam-se por meio de opiniões (crenças e julgamentos, hipóteses a respeito da natureza dos estímulos e da própria pessoa). Exemplo: ser contra ou a favor da legalização do aborto. Valores são convicções a respeito de comportamentos que são certos ou errados, ou condutas preferíveis. Um sistema de valores dispõe os valores em ordem, de acordo com sua importância relativa
- Aptidões: potencial para realização de tarefas ou atividades. Dividem-se em três categorias principais: a) cognitivas ou intelectuais; b) físicas; c) interpessoais
- Inteligência: capacidade de lidar com a complexidade. Há duas correntes principais no estudo da inteligência. A primeira é a teoria do fator geral: ideia de expressão numérica da inteligência através de um quociente intelectual (QI), o qual mede três aptidões principais: numérica, verbal e lógica, essas três interdependentes e que indicariam a aptidão principal, fator geral de inteligência (fator g), o qual regeria os demais. A segunda corrente é a teoria das inteligências múltiplas, idealizada por Harold Gardner. Aceita a existência do QI, mas o coloca como apenas uma das aptidões, e não como uma superior, não há hierarquia entre os diversos tipos de inteligência, a saber: a) linguística, b) lógico-matemática, c) musical, d) espacial, e) corporal-cinestésica, f) pessoais (entender a si próprio), g) naturalista, h) existencial (questões fundamentais da existência humana). No início do século XXI, surgiu também grande debate sobre a inteligência emocional, definida como a capacidade de reconhecer e lidar com emoções próprias e de outras pessoas. Os cinco ingredientes da inteligência emocional são autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades interpessoais
- Personalidade: convergência de todos os conceitos anteriores. É um conceito dinâmico que procura descrever o crescimento e desenvolvimento do sistema psicológico individual como um todo. Jung propôs a existência de tipos psicológicos baseados em quatro dimensões bipolares de personalidade: a) dimensão extroversão (E) – introversão (I), relacionado a como as pessoas se energizam, do mundo exterior ou do mundo interior; b) dimensão sensação (S) – intuição (N), relacionada com o processo de percepção; c) dimensão pensamento (T) – sentimento (F), sobre a avaliação de informações para a tomada de decisão; d) dimensão julgamento (J) – percepção (P), sobre o modo como as pessoas lidam com o mundo exterior para resolver problemas
- Biografia, cujas variáveis mais importantes são experiência, idade, sexo e situação conjugal. A experiência e a educação modificam aptidões, percepção e traços de personalidade, influenciando o comportamento
Bibliografia consultada
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração. São Paulo: Atlas, 2006.
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