A era da transformação digital reduziu a clareza na identificação de concorrentes. Antigamente havia uma boa dose de certeza ao afirmar que os concorrentes pertenciam ao mesmo setor, eram razoavelmente parecidos entre si e fisicamente identificáveis no território.
Este cenário não existe mais.
Nos dias atuais, seus concorrentes podem ter uma existência e características completamente inesperadas, de difícil identificação e não estarem geograficamente localizados. Podem ter modelos de negócios inéditos, serem digitais e escaláveis a baixíssimo custo e entregar valor de forma mais rápida e eficaz a seus clientes.
Neste cenário, os adversários podem se tornar aliados contingenciais ou para defender interesses e mercados em comum.
Um ótimo exemplo disso são os corretores de imóveis. Ameaçados pela conectividade da internet e dispositivos móveis, uniram-se para a preservação de seu espaço como intermediários. Até aqui, tem dado certo. Mesmo na era do Uber, a intermediação imobiliária continua rendendo 6% ao corretor de imóveis.
O atual cenário também evidencia a necessidade de um modelo de negócios completo e eficaz na entrega de valor. Portanto, é necessário que o relacionamento com o cliente e com parceiros-chave sejam cuidadosamente geridos, os canais estejam claros e valorizados, e, acima de tudo, que a sua proposta de valor seja de fato atrativa e vantajosa.