O relato a seguir se passa nos Estados Unidos, em 1931. Mais detalhes podem ser obtidos no livro de Richard Tedlow New and Improved: The Story of Mass Marketing in America, New York, Basic Books, 1990.
Havia, naquela época, um comportamento inegável da Coca-Cola em comprar concorrentes que poderiam ser ameaças potenciais. Uma determinada vez apareceu uma empresa à venda, em situação desesperada. Já havia pedido falência pela segunda vez em doze anos, e um tribunal chegou a dizer que aquilo era só o resto de uma corporação. A Coca-Cola obviamente recusou, pois não era uma ameaça e não havia interesse em comprar uma empresa praticamente falida.
A Coca-Cola vendia seu produto em garrafas com metade do volume de uma garrafa de cerveja, a 5 centavos. O desespero daquela indústria em reduzir custos a levou a utilizar garrafas de cerveja recicladas, e fixou o preço em 10 centavos, por ter o dobro da capacidade. Mais uma vez não deu certo.
Estavam prestes a desaparecer e, repare, em 1931 estavam em plena depressão econômica. Não havia muito mais a temer, então tomaram uma decisão impensável: passaram a vender o volume da garrafa de cerveja ao preço da garrafa de refrigerante, 5 centavos.
Foi uma estratégia espetacular para a realidade econômica do momento. As vendas dispararam, os lucros aumentaram para 2,1 milhões de dólares em 1936 e para 4,2 milhões de dólares em 1938. A empresa estava a salvo, e passou a ser uma ameaça à Coca-Cola. Esta tentou comprá-la, mas desta vez a indústria renascida não tinha motivos para vender.
Esta indústria existe até hoje.
Nós a conhecemos pelo nome de Pepsi.
e que hoje, parte da empresa foi comprada pela Coca-Cola
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