Quando chega a hora de redesenhar a marca (signo de comando) da empresa, normalmente significa que já se passou algum tempo desde a última vez em que isso aconteceu. Ou seja, o desgaste cumulativo da logomarca já chegou a um nível significativo, pelo menos o suficiente para que o impacto de mercado já seja sentido nos resultados econômicos correntes.
Mas esta é a melhor das hipóteses, quando a alta direção da empresa está atenta a seus efeitos de marketing. Não é o caso da maioria, infelizmente. O mais comum é que a decisão esteja sendo tomada quando o desgaste da marca já é sentido além de seu espectro visual, afetando o resultado de forma tão ampla que as relações de causa e efeito não são mais tão claras.
Num caso ou no outro, em maior ou menor intensidade, fato é que a necessidade de redesenhar a marca não costuma ser amplamente reconhecida por todos. E nossa tradição imediatista e pragmática tende a levar ao entendimento de que outras ações táticas são mais importantes no momento. Um erro comum, pois problemas mais aprofundados pedem por correções estratégicas, as quais não serão tão bem aceitas nessas horas.
O resultado é que o redesenho da marca, apesar de ser uma necessidade importante e urgente, raramente é realizada com o apoio da equipe. Pelo contrário, costuma ser um processo criticado e resistido. Ou seja, se não tiver o apoio e patrocínio político da alta direção, não acontece. E se não acontece, vários problemas de posicionamento e penetração no mercado tendem a se agravar ainda mais ao longo do tempo, um processo que não se reverte enquanto a causa base (desgaste da marca) não for enfrentada.