por Ricardo Trevisan
Falar que nossa desigualdade de renda é elevada chega a ser um eufemismo. Segundo o segundo dados do último Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), entre 124 países para os quais há informações, o Brasil está na oitava pior colocação.
Quer mais informações? A internet está cheia delas, mas o que não tenho visto são as propostas para solucionar o problema. Então eu lanço uma. O estabelecimento de um teto de rendimento mensal para pessoas físicas. O que passasse disso teria IR de 100% (sim, confisco mesmo). Este dinheiro poderia por exemplo servir para cobrir a redução da carga tributária sobre a folha de pagamento. Geraria mais emprego e elevaria a renda do trabalhador assalariado.
Quando digo isso, algumas pessoas ficam inconformadas, falando de merecimento, equidade… Mas a solução é simples: numa desigualdade abissal como a brasileira, o teto não precisa ser baixo. Você não viveria bem com, digamos, 50.000 reais por mês? Pois há muitos brasileiros ganhando mais do que isso. Chega a ser obsceno nesta terra.
E o merecimento? Duvido que alguém mereça ganhar mais que 50.000 reais por mês num país onde algumas famílias comem terra. Literalmente.
Pense nisso. Junte-se à esta causa.
Porra meu, tô nessa! Nada mais justo!
O que precisa ser feito é que TODOS OS RENDIMENTOS da pessoa física estejam incluídos nisso (rendimentos financeiros, salariais – se bem que esses raramente chegam nisso, a não ser jogador de futebol – rendimentos imobiliários, fundiários, lucros etc.).
Seria uma mini-revolução, sem dúvida!
(apenas um detalhe: por falar em jogador de futebol, isso significaria a saída de todos os jogadores mais ou menos que temos por aqui para fora – mas, também, foda-se!).
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Estou vendo uma movimentação pelo Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), previsto na Constituição de 1988. Vamos ver se agora vai…
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