Obviamente estamos num momento de transição que extrapola a esfera política nacional. E será uma transição lenta, ao que as insistências irracionais indicam… Mas não é necessariamente um momento ruim para o investidor. Ainda somos o último peru com farofa do mundo (prestes a deixar de sê-lo), para citar o professor Delfim.
Enquanto aguardamos pelo novo Brasil que, tímido, começa a aparecer aqui e ali, ainda temos uma taxa Selic meta de 14,25% ao ano em títulos de Tesouro Direto acessíveis a qualquer um (com menos de 30 reais você entra na farra). E a reboque vem toda a enorme família italiana do CDI. O risco? Claro, os CDS estão gritando a bagunça fiscal que esse pedaço da América do Sul virou, mas a moratória que vem em nossa direção ainda se confunde com a luz no fim do túnel. Dá tempo de ganhar e sair.
E sair para onde?
Ora, já passamos por situações caricatas nesta terra no passado, estamos apenas mantendo nossa tradição. E recomendo que você olhe como foi o comportamento da bolsa: sempre que a gente afundava, por maior que fosse o buraco, funcionava como um elástico de estilingue, e em sequência vinham as histórias dos novos ricos da renda variável. Não sei quando a bolsa vai fazer isso, por isso não arrisco aqui um prazo.
Mas que vai subir rápido, ah, isso vai.


