Diz a teoria que os investidores deveriam agir racionalmente e buscar sempre a melhor combinação entre risco e retorno que estiver à disposição. Sabemos que nem sempre o ser humano é tão frio, mas vamos supor que seja. Num cenário assim, a seleção do investimento deveria considerar a) o retorno esperado, que pode ou não ser estimado pelos retornos passados; b) pelo risco, avaliado pela variação (variância estatística) dos retornos passados; c) liquidez.
O interessante de ter esses dados em mãos é que o risco passa a mostrar a probabilidade de retorno de um investimento, e completa as informações necessárias para a construção de carteiras racionais (mesmo não havendo garantias de retorno). O raciocínio mais básico do investidor é o da esperança matemática, ou esperança de x, ou E(x). Ele diz que o retorno que podemos esperar de um ativo qualquer é o retorno que ele oferece se o empreendimento der certo multiplicado pela probabilidade dele dar certo, somado a todas as probabilidades adicionais multiplicadas por seus respectivos retornos (positivos ou negativos).
Exemplo: um ativo tem 80% de chance de dar um retorno de R$100 e 20% de chance de dar prejuízo de R$10. O retorno esperado é:
E(x) = (0,8 x R$100) + (0,2 x ( -R$10)) = R$78
Portanto, se o ativo custar R$78 ou mais, certamente o investidor não vai se interessar. Se o ativo custar menos, ainda assim o investidor vai comparar com outras opções (custo de oportunidade) para decidir se este ativo vale a pena ou não.