O governo brasileiro acaba de divulgar o pior resultado de contas públicas de um mês de setembro desde 1997. Parece que pouca gente deu trela para isso, mas o fato é que a questão é séria. Séria o suficiente para a presidente da República se pronunciar imediatamente sobre o assunto e sinalizar o fim de algumas medidas de estímulo que já estão por aí há um tempo considerável, como a redução de IPI de diversos bens de consumo (já havia quem acreditasse que nem fosse mais tão “temporário” assim).
Só para lembrar: em 1997 ainda estávamos tentando estabilizar a economia nos primeiros desdobramentos do Plano Real, o câmbio ainda era controlado pelo governo, estávamos tentando esquecer a crise do México em plena crise asiática, nossas reservas internacionais estavam minguantes e a Selic beirava os 40% a.a. para prejudicar ainda mais o déficit público. Isso prejudicava nossa imagem lá fora, lançava dúvidas sobre nossa capacidade de pagamento, aumentava o Risco-Brasil e encarecia nosso custo financeiro, realimentando todo esse círculo vicioso.
Essa é a base de comparação para o momento atual. Evidente que não é brincadeira.
Eu sei que falar da ineficiência estatal está meio fora de moda, mas… não seria o caso?
Parabéns pelo blog, Ricardo. Fui sua aluna na Universidade Estadual de Goiás e coincidentemente descobri seu blog hoje enquanto pesquisava sobre administração de escritórios de arquitetura como base para meu artigo de MBA.
Muito esclarecedor em diversos aspectos, simples e direto.
Seguindo já!
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Karla,
Obrigado. Mas eu nunca lecionei em Goiás, creio que me confunde com outra pessoa. Espero que continue seguindo assim mesmo.
RT
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