A cidade é um organismo vivo, algumas partes estão morrendo e outras nascendo, constantemente. Isso não significa que ambos os fenômenos não possam ocorrer simultaneamente num mesmo lugar. O desenvolvedor imobiliário tem que aprender a ter alguma sensibilidade quanto a isso, o que não é tão difícil: basta compreender que a velocidade do desenvolvimento urbano é bem mais lenta que a dos fluxos das vidas humanas. Se aprendermos a ver a cidade em retratos estáticos a cada período de alguns meses ou anos, fica claro para onde a cidade procura caminhar (mesmo que não altere em nada a expansão da mancha urbana).
Assim, classifico os bairros em quatro grandes grupos:
1. Crescentes: bairros estão prestes a receber investimentos e se transformar, os chamados vetores de expansão (exemplo: Vila Leopoldina em São Paulo);
2. Maduros: estão estabilizados em sua característica e função urbanas (Leblon, no Rio de Janeiro);
3. Declinantes: estão deixando de ter a função que já tiveram (comerciais que perdem estabelecimentos, residenciais que perdem moradores, etc. Exemplo: Alto de Pinheiros e Morumbi, em São Paulo);
4. Em revitalização: que estão voltando a ter a função urbana que já tiveram, seja de forma natural ou por indução do Poder Público (Rua Augusta, em São Paulo);
Entendendo isso, fica muito mais fácil reduzir riscos e operar o investimento de forma conjunta com os esforços da prefeitura, por exemplo, o que facilita inclusive a aprovação do empreendimento em órgãos públicos.
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